terça-feira, 29 de novembro de 2011

Informática e inclusão social

A informática vem sendo motivadora em vários aspectos em nossa sociedade, além de ser um recurso a mais de lazer e aprendizagem, tem sido totalmente "inclusivista" para qualquer indivíduo, seja qual for a deficiência (visual, auditiva, física, ... ou social).

Com ela, ninguém fica de fora, e podemos ver algumas ações acontecendo a esse respeito, com ajuda de softwares como: Jawes e Daisy. Veja os detalhes abaixo:
 

CURSO DE INFORMÁTICA PROMOVE INCLUSÃO SOCIAL DE CEGOS

Trinta e dois cegos, de diversas partes de Mato Grosso, experimentam uma valiosa oportunidade de inclusão social. ... eles participam de um curso de informática realizado pela Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Divididos em duas turmas, básica e avançada, os alunos têm 90 horas para conhecer o funcionamento de um dos mais modernos e eficazes softwares de leitura para cegos disponíveis atualmente, chamado Jawes, explica o professor de informática de Campo Grande, Roberto Pedro Cavalcante, também cego. Ele ressalta que o maior benefício do software é abrir para o cego as portas do mercado de trabalho.

“Com essa ferramenta eles terão independência para desfrutar de tudo o que a internet disponibiliza, mandar e receber e-mails, fazer pesquisas, utilizar outros softwares e, principalmente, se preparar para o exigente mercado de trabalho de hoje”, avalia o professor, que se diz satisfeito com a disposição e o interesse dos estudantes.

Para a coordenadora do programa de ações inclusivas do Senai, Denise Molina, o principal diferencial deste curso está no fato de ser ministrado por um professor que conhece bem a realidade dos alunos, suas dificuldades e potencialidades. “Ele faz mais que apresentar um software, ele promove a interação entre conhecimento e sua aplicação prática na vida, no trabalho”, destaca.
Cursando o 1º ano do Ensino Médio em Tangará da Serra, e participando da turma de iniciação à informática, Jéssica Mendes Soares, 16 anos, teve que sacrificar um pouco as aulas regulares em nome de um tipo diferente de aprendizado: o virtual.

“Adiantei conteúdos na escola, me organizei, para poder participar do curso em Cuiabá, que vai me ajudar agora e no futuro”, raciocina.

Alunos da classe avançada, Alex Francisco Lili, 19 anos, e Udeilson César de Arruda, 18, sabem de cor a importância da informática e de cursos como esse para a acessibilidade no lado pessoal e profissional. “Já queria aprender algo como programação e configuração do leitor de tela Jawes, para ter mais independência nessa área que quero seguir”, afirma Udeilson.

“Esperávamos um curso deste nível há um bom tempo, com conteúdo que incluísse o uso do leitor de tela, certificado de uma instituição respeitada, para nos ajudar a expandir, a nos igualar às outras pessoas,” opina Alex, que pretende estudar Ciência da Computação.

Fonte: acesso em:24/11/11, site: http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=18220



INCLUSÃO SOCIAL É PRATICADA NO SUL COM AJUDA DA INFORMÁTICA


A educação inclusiva já é uma realidade no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul).
Utilizando um programa de computador, a instituição de ensino vai facilitar a vida de alunos deficientes visuais vindos de outras escolas públicas que buscam no instituto o apoio didático-pedagógico. A novidade está sendo implantada no campus Pelotas, que conta com uma servidora cega em seu quadro funcional. Além de equipamentos e mobiliários apropriados, a sala onde funciona o Núcleo de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (Napne) contará com o Mecdaisy, um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado.

Baseado no padrão internacional Digital Accessible Information System (Daisy), a ferramenta brasileira traz sintetizador de voz (narração) e instruções de uso em português brasileiro. O software permite converter qualquer texto em formato Daisy e, após a conversão, é possível manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao escrito. Com isso, é possível procurar assuntos pelo índice, folhear páginas e realizar pesquisas.

“Com essa ferramenta, vamos não só atender as necessidades de nossa servidora, mas contribuir de maneira significativa para a inclusão de alunos deficientes visuais”, afirma a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte. Ela participou, a convite do Ministério da Educação, de capacitação oferecida pelo Instituto Benjamin Constant para a adequação e o recebimento de servidores e alunos deficientes visuais.

O Benjamin Constant é um centro de referência, em nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola que capacita profissionais dessa área, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftalmológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.

Entre os diversos campi que integram os institutos federais no Rio Grande do Sul, o campus Pelotas do IFSul é o primeiro e único a ter uma servidora com deficiência visual em seu quadro efetivo. Trata-se da técnica em assuntos educacionais Magali Costa Valle, que ingressou no instituto no início desse ano, após ser aprovada em concurso público.

Para o reitor Antônio Carlos Barum Brod, o IFSul vem cumprindo sua missão social por meio de práticas inclusivas, “que possam transformar a vida das pessoas para melhor”.

O MEC vem implementando políticas que incluem implantação de salas de recursos multifuncionais, adequação de prédios escolares para a acessibilidade, formação continuada de professores da educação especial e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que tem o propósito de estimular a formação de gestores e educadores para a criação de sistemas educacionais inclusivos.

Fonte: http://portal.mec.gov.br acesso em: 24/11/11,  site: http://www.inclusaodigital.gov.br/noticia/inclusao-social-e-praticada-no-sul-com-ajuda-da-informatica


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Fora a inclusão por causa da deficiência, há uma outra deficiência que não é vista como uma falta de uma funcionalidade na parte do corpo humano. Que é a deficiência em recursos para os direitos de qualquer cidadão, onde muitos que pertencem a uma classe menos favorecida não os reconhecem que possuem. E o projeto abaixo tenta mostrar através da informática que todos nós temos os mesmos direitos em relação à habitação, educação e saúde. Incluindo assim este grupo social que fica isolado as margens do grupo que possuem um capital diferenciado, é a informática iluminista, na luta pela igualdade, liberdade e fraternidade.


A INCLUSÃO SOCIAL POR MEIO DA INFORMÁTICA

Daniel Filippi de Souza (Bolsista PBIC/CNPq), Raquel Guzzo (Faculdade de Psicologia/PUC-Campinas, LAMP – Área emocional: prevenção de problemas psicossociais)*.  rguzzo@puc-campinas.edu.br
 Com o sistema econômico implantado no mundo atual a vida de grande parte das pessoas está cada vez mais difícil. Isso porque o neoliberalismo é excludente e individualista. Esse sistema concentra o dinheiro do mundo nas mãos de poucos e para isso tira da mão de muitos. Essas pessoas que usurpadas acabam marginalizadas na sociedade por não poderem participar da corrida pelo dinheiro. Elas acabam assim formando as periferias das grandes cidades, como mais um agravante para sua dignidade. A busca pelo lucro desenfreada não deixa espaço para o social, aumentando a dívida social das elites com a população que está na base dessa pirâmide capitalista selvagem. Mas não é porque elas estão na base que elas não têm direitos, elas têm o direito de terem habitação, educação e saúde. Direitos esses garantidos por lei, os quais os poderosos, a elite, não gostam de aceitar que eles existem. Quando cumprem esses direitos acham que estão fazendo um favor, uma ação assistencialista, mas na verdade não fazem mais do que a obrigação, o dever deles. O projeto quer mostrar à essa população que elas têm esses direitos e que devem lutar por eles, usando para informar a informática. Entrando em contato com a nova geração, as crianças de 10 à 15 anos, para que elas possam crescer mais conscientes. Usando esse canal que fascina tanto elas para ensinar sobre o que é cidadania, solidariedade e liberdade. E ao mesmo tempo estaremos ensinando informática, aumentando assim seus conhecimentos e suas chances de terem uma maior competitividade no mercado de trabalho. Por meio das crianças atingiremos também os adultos que vivem nessa comunidade. Mostrando que se essa população se conscientizar desses princípios a chance de elas terem uma vida com muito mais qualidade é muito grande. Tentando assim diminuir os abismos que essa cultura neoliberal causa na sociedade. 
 
 CNPq